sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Opinião – Romeu e Julieta

William Shakespeare


Titulo: Romeu e Julieta
Autor: William Shakespeare

Titulo Original: Romeo and Juliet
Ano de Publicação Original: 1597

Editora: Revista Visão
Ano: 2000
Tradução: Maria José Martins
Páginas: 92
ISBN: 9726116082

Sinopse: A obra de William Shakespeare perdurou ao longo dos séculos como referência inigualável da literatura dramática universal. Com Romeu e Julieta, o autor criou um dos mitos da nossa civilização, através de um enredo habilmente construído, em que o amor e a morte se encadeiam numa sucessão emocionante de encontros e desencontros, ódios e amizades, esperanças e desesperos. Na verdade, a paixão dos dois jovens, pertencentes às famílias rivais dos Capuletos e dos Montecchios, acaba por ter um destino trágico e redentor, que marca uma das mais belas histórias de amor.

Opinião: Depois de ter lido 4 livros recentes, tive vontade de pegar num clássico, uma obra bem antiga. E o mais antigo que tinha cá por casa por ler era este Romeu e Julieta publicado pela primeira vez em 1597.

Este livro faz parte da coleção Novis, que saiu no ano 2000 com a revista Visão. Na altura comprei quase todos os volumes mas a verdade é que ainda tenho alguns por ler.

Foi sem expectativas que peguei neste livro, quanto mais não seja porque não há quem não conheça a história pelo menos em linhas gerais. Descobri no entanto que desconhecia alguns detalhes que fazem toda a diferença, assim como desconhecia o facto de o enredo não ser originalmente de Shakespeare mas baseado num conto italiano, publicado em versos como The Tragical History of Romeus and Juliet por Arthur Brooke em 1562, e em prosa como Palace of Pleasure por William Painter em 1582. Shakespeare baseou-se em ambos, mas reforçou a ação com personagens secundários, especialmente Mercúrio e Páris, a fim de expandir o enredo.

Quanto a esta obra em si não posso deixar de elogiar a magnifica escrita de Shakespeare, elaborada e poética e algumas personagens memoráveis como Frei Lourenço e Mercúrio, embora por motivos opostos. Frei Lourenço personifica a sensatez, a maturidade, e Mercúrio o arrebatamento e o sarcasmo.

Tendo lido recentemente Gil Vicente (A Farsa de Inês Pereira) não posso deixar de fazer uma pequena comparação. A linguagem de Gil Vicente, talvez pelo facto de não estar sujeita a uma tradução é muito mais complicada de acompanhar, no entanto li a Farsa de Inês Pereira muito mais rapidamente e passo a explicar o motivo. Sendo Romeu e Julieta o expoente máximo do romantismo, e eu uma criatura pouco romântica tenho de confessar que a parte inicial de tão "melosa" por vezes aborreceu-me e teve um efeito soporífero :) Mas a parte final e as personagens que citei acima compensam. Gostei mais da parte trágica da história do que do romantismo exacerbado de Romeu, que mesmo tendo em conta a idade e os séculos que nos separam pareceu-me sempre pouco credível.

No geral recomendo, vale a pena ler principalmente para ficar a conhecer os detalhes de uma história tão familiar a quase todos nós.


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