Tal como já vos tinha dito a semana passada, esta semana temos um poema da irmã gémea da poetisa anterior, também ela muito talentosa.
Murmúrio na Chuva
Pudesse eu calar a tempestade,
O soar dos passos na velha calçada,
A voz que treme e falta à cidade,
Pela estrela pura jamais perdoada.
Que cesse na noite o triste gritar,
Com ele o clamor do fim deste dia,
Por ele os desenhos por terminar,
Sejam as cores da plena alegria.
Já não deixo mais cantar o vento,
Que a lua cheia ousa rasgar,
Ninguém tem pena do meu pensamento,
Que às águas do rio vou sussurrar.
Existe um murmúrio na chuva que cai,
Deixando um reflexo na janela de vidro,
E o eco das asas de um anjo que vai,
Deixou-me morrer no tempo perdido.
Ó belas aves parem de piar,
Loucas feras deixem de rugir,
Deixem o silêncio enfim retornar,
Por favor, deixem o menino dormir.
Daniela C. E.
(Poema extraído da antologia “Conto de Poetas - Parte II" (2014), da “Nós Poetas Editamos”).
Foi no dia 6 do frio mês de dezembro do ano de 1995, em Portalegre, que mais uma criança entrou no mundo. Nasceu quinze minutos após a sua irmã gémea com quem partilha o amor pela leitura e pela escrita.
Batizada com o nome de Daniela, esta alma desde cedo se apaixonou pelos livros e pelo céu.
Desde os 10 anos que amontoa palavras no seu caderno às quais alguém, um dia, chamou poemas.
Sonha ser astrónoma porque de dia sonha acordada e à noite espia as estrelas.
Foi então que o caminho do seu sonho alcançou a primeira etapa do seu destino quando cinco dos seus poemas foram publicados na antologia da NPE – Nós Poetas Editamos – “Conto de Poetas II”. No entanto não vai ficar por aqui pois, para ela, nem, o céu é o limite.
Obrigada mais uma vez. :)
ResponderEliminarSó um pormenor:
Se puderes emenda Lucas por Loucas, foi um lapso. (3º verso a contar do fim)
Clarinda e Daniela
Não têm de agradecer, no que puder colaborar é de boa vontade :)
EliminarLapso corrigido, não sei como mas escapou...