Titulo: O Valente Soldado Chveik
Autor: Jaroslav Hasek
Titulo Original: Osudy dobrého vojáka Švejka za svetové války
Ano de Publicação Original: 1923
Editora: Público
Ano: 2011
Tradução: Alexandre Cabral
Páginas: 187
ISBN: 9789896821692
Sinopse: Chveik, soldado astuto e malicioso, é o símbolo da posição negativa dos soldados checos em relação à Áustria durante a primeira guerra mundial, encarnando uma das mais profundas e saborosas sátiras ao militarismo. A caricatura que Hasek traça da burocracia militar austríaca corresponde a um protesto contra a guerra bem como contra a águia imperial.
O Valente Soldado Chveik é hoje um clássico da literatura mundial.
Opinião: Apesar de já ter terminado a leitura deste livro há algum tempo, devido a ter experimentado a leitura em simultâneo com outro livro, acabei por deixar esta opinião pendurada. Com as mil e uma coisas para fazer para o aniversário do blogue, deixei mesmo passar demasiado tempo, situação que não me agrada pois gosto de escrever as minhas opiniões mal acabo de ler um livro.
Dito isto, O Valente Soldado Chveik chegou-me às mão numa edição do Jornal Público, e mesmo sendo um livro para o qual tinha excelentes expectativas, foi mais um cuja leitura foi sendo adiada.
Talvez devido às altas expectativas que tinha a seu respeito, esta foi uma leitura que não me satisfez totalmente. Gostei da sátira à guerra e à burocracia da época, bem conseguida, com alguns momentos de um humor carregado de ironia. A personagem de Chveik é memorável, sem duvida incomparável e única, mas não consegui vê-lo como um soldado astuto e malicioso como se pretendia, pareceu-me apenas uma personagem que oscila entre a ingenuidade de uma criança e a sabedoria de um velho, mas não vi intencionalidade ou premeditação nessas oscilações.
Eu tenho um sentido de humor algo peculiar e no que toca a sátiras, comédias e afins raramente concordo com os gostos da maioria. Neste caso tenho de concordar que o livro tem momentos muito bem conseguidos, em particular os que Chveik protagoniza juntamente com Otto Katz, um caricato capelão bêbedo, e na minha opinião a personagem mais bem conseguida do livro. Mas mesmo assim, para mim esta sátira ficou um pouco aquém do que esperava.
Não deixo no entanto de recomendar esta leitura a quem ainda não o leu. Jaroslav Hasek tem uma escrita bastante acessível, o livro é relativamente pequeno, e como já mencionei tem momentos muito bem conseguidos. E para leitores com um sentido de humor diferente do meu, poderá até ser uma obra prima.
Depois de alguma hesitação a minha classificação é...
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