A minha escolha para esta semana é:
Titulo: Joseph Anton - Uma Memória
Autor: Salman Rushdie
Editora: Dom Quixote
Lançamento: Setembro de 2012
Páginas: 736
ISBN: 9789722050890
Sinopse: No dia 14 de Fevereiro de 1989, Dia dos Namorados,
Salman recebeu um telefonema de uma jornalista da BBC a dizer-lhe que fora
«condenado à morte» pelo aiatola Khomeini. Era a primeira vez que ouvia a
palavra fatwa. O seu crime? Ter escrito um romance intitulado Os Versículos
Satânicos, que era acusado de ser «contra o Islão, o Profeta e o Alcorão».
Assim começa a extraordinária história de um escritor
obrigado a passar à clandestinidade, mudando de casa para casa, com a presença
constante de uma equipa de proteção policial armada. Pediram-lhe que escolhesse
um pseudónimo pelo qual a polícia pudesse tratá-lo. Ele pensou nos escritores
de que mais gostava e em combinações dos seus nomes; ocorreram-lhe então Conrad
e Tchékhov - Joseph Anton.
Como vivem um escritor e a sua família com a ameaça de
assassínio durante mais de nove anos? Como continua ele a trabalhar? Como se
apaixona e desapaixona? Como é que o desespero molda os seus pensamentos e
acções, como e porquê tropeça, como aprende a ripostar?
Nestas notáveis memórias, Rushdie narra pela primeira vez
essa história: a história de uma das batalhas cruciais do nosso tempo pela
liberdade de expressão. Fala das realidades, umas vezes sinistras, outras
cómicas, da coabitação com polícias armados e dos estreitos laços que se
forjaram com os seus protetores; da sua luta para obter o apoio e a compreensão
de governos, chefes de serviços de informações, editores, jornalistas e colegas
escritores; e de como recuperou a liberdade.
Este é um livro de excecional franqueza e honestidade,
empolgante, provocatório, comovente e de vital importância. Porque aquilo que
aconteceu a Salman Rushdie foi o primeiro ato de um drama que continua a
desenrolar-se todos os dias algures no mundo.
Criticas:
Los Angeles
Times: « Rushdie’s ideas—about society, about culture, about politics—are
embedded in his stories and in the interlocking momentum with which he tells
them. . . . All of Rushdie’s synthesizing energy, the way he brings together
ancient myth and old story, contemporary incident and archetypal emotion,
transfigures reason into a waking dream..»
Time: “Everywhere
[Rushdie] takes us there is both love and war, in strange and terrifying
combinations, painted in swaying, swirling, world-eating prose that annihilates
the borders between East and West, love and hate, private lives and the history
they make."
The New
York Times: “Swift in Gulliver’s Travels, Voltaire in Candide, Sterne in
Tristram Shandy . . . Salman Rushdie, it seems to me, is very much a latter-day
member of their company "
Nadine
Gordimer: “The most original imagination writing today.”
Motivo da Escolha: Em 1989 já tinha idade suficiente para que
hoje me recorde deste incidente que correu os jornais e deixou meio mundo
apreensivo e com grande curiosidade em ler um livro que “condenou” o seu escritor
à morte. Também eu comprei “Os Versículos Satânicos” pouco depois embora a
minha relativa imaturidade literária tenha feito com que após uma ou duas
tentativas pouco convictas o livro tenha ficado arrumado numa prateleira
escondida até hoje.
Hoje no entanto tenho bastante curiosidade em saber o que
foi a vida deste escritor nos anos seguintes pelo que acho este livro deve ser muito
interessante e o recomendo esta semana.
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