quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Cantinho do Poeta
No cantinho desta semana queria colocar um poema de um dos maiores escritores/poetas da literatura inglesa/mundial de que gosto muito. Como não encontrei uma tradução que me satisfaça totalmente, deixo-vos uma das traduções e o original.
Soneto 35
(tradução de Arnaldo Poesia)
Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;
Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;
Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te recuso, e me convenço
Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.
Sonnet 35
(original)
No more be grieved at that which thou hast done:
Roses have thorns, and silver fountains mud:
Clouds and eclipses stain both moon and sun,
And loathsome canker lives in sweetest bud.
All men make faults, and even I in this,
Authorizing thy trespass with compare,
Myself corrupting, salving thy amiss,
Excusing thy sins more than thy sins are;
For to thy sensual fault I bring in sense,
Thy adverse party is thy advocate,
And 'gainst myself a lawful plea commence:
Such civil war is in my love and hate,
That I an accessory needs must be,
To that sweet thief which sourly robs from me.
William Shakespeare
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