Para esta semana e para a próxima o Cantinho dos Poetas conta com a colaboração de duas irmãs gémeas, ainda muito jovens, mas já muito talentosas. Obrigada por participarem e votos de sucesso...
Castigo
Condenada a vaguear,
por trilhos sem razão.
Cumprindo o castigo,
o castigo do coração.
Ouvindo o vento sussurrar,
para lá das colinas verde esperança.
Olhando à direita de todo o tempo,
a floresta que me traz uma lembrança.
Tentando romper o silêncio
do deserto de promessas cumpridas.
Espreitando à esquerda do momento,
as dunas amarelas e esquecidas.
Nem o deserto nem a floresta,
o meu toque consegue alcançar.
Continuo o meu caminho,
andando sem cessar.
A treva e a luz,
estão distantes como tudo.
Para além de mim só o ódio,
é que vive neste mundo.
Com o medo na alma,
já não procuro a aventura.
Procuro a estranha verdade
que foi a única pura.
Pensando na solidão,
porque ninguém vem comigo.
Meu Deus! Que fiz eu,
para merecer tal castigo?
Adelaide C. E.
(Poema extraído da antologia “Conto de Poetas - Parte II" (2014), da “Nós Poetas Editamos”).
Adelaide C. E. nasceu no dia 6 do frio mês de Dezembro de 1995, em Portalegre.
Estudante, gostaria de licenciar-se na área da saúde ou da investigação e ficar para sempre neste belo“jardim à beira mar plantado”.
Adora ler, escrever e partilhar tudo com a sua mana gémea, a outra metade do seu coração.
Aos 10 anos começou a juntar palavras soltas, que formaram versos, quadras, poemas.
Sonha muito alto, tão alto que quase toca o sol.
O livro que publicou, Antologia Conto de Poetas II da NPE – Nós Poetas Editamos, foi um degrau que subiu na escadaria da vida, que tenciona continuar a percorrer até encontrar o sol que quase toca.
Mas o amor tem-me dito não
