quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Cantinho do Poeta



Esta vai ser a segunda vez que repito um poeta nesta rubrica. Era algo que queria evitar, mas por vezes há poemas que nos dizem tanto, que era inevitável escolhê-lo para o Cantinho...









Despedida


Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.

Cecília Meireles


Passatempo Natal 2014 - Sinopses

Victor Mancini especializou-se numa forma bizarra de demonstrar o seu amor pela mãe e, em particular, de continuar a pagar a respectiva conta do hospital. De restaurante em restaurante, Mancini finge-se engasgado pela comida, à beira da mais patética asfixia. Ele sabe que a piedade do género humano é muito previsível. Assim, há sempre alguém que o salva. Aí começa, se não uma grande amizade, pelo menos uma relação de protecção para o resto da vida. Com uma componente que Mancini cultiva com sofisticada prudência: semana sim, semana não, ele vai recebendo cheques dos seus salvadores…
Entretanto dedica-se a diversas obras humanitárias, incluindo o tratamento dos mais diversos párias da sociedade. A sua especialidade: cuidar de viciados de sexo que ele gosta de reunir, à volta de uma mesa, em sessões de terapia colectiva.




Joyce e Marshall são casados e têm dois filhos. No dia 11 de Setembro de 2001, Joyce pensa que o marido está no seu escritório, nas Torres Gémeas, quando elas caem; por sua vez, ele acha que a mulher está a bordo do voo 93 que se despenhou na Pensilvânia. Cada um fica eufórico ante a perspectiva da morte do outro. Ambos vão sofrer uma grande desilusão quando se encontram frente a frente no apartamento que são obrigados a partilhar enquanto o processo de divórcio decorre. Pior, a perspectiva de uma solução rápida para a separação complica-se devido ao clima de medo que se apodera dos americanos. Entre ameaças de ataques biológicos, bombistas suicidas e guerras no Médio Oriente, Nova-Iorque é uma cidade em estado de choque, onde, por sua vez, Joyce e Marshall travam uma batalha doméstica repleta do mesmo sentimento de perda e devastação.




No tempo de Luis XIV (1638-1715), ter a mulher na alcova do monarca era para um nobre uma inesgotável fonte de privilégios. Não admira, por isso, que no dia em a escolha daquele que foi cognominado o Rei-Sol recai sobre Madame de Montespan, a corte em peso felicite o afortunado marido. Era conhecer mal o marquês de Montespan: Louis-Henri de Pardaillan está perdidamente apaixonado pela sua esposa e nada o dispõe à complacência para com o favor real. Inconsolável, o marquês faz pintar o seu coche de um preto de luto, ornamenta-o com gigantescos cornos e empreende uma guerra sem tréguas contra o homem que ousou profanar uma união tão perfeita. Recusando honras e prebendas, indiferente a ameaças, a tentativas de assassinato, a processos que o levaram ao cárcere e à ruína, o temperamental gascão persegue com o seu ódio o homem mais poderoso do planeta, na tentativa vã de resgatar a sua amada.
O talento e a verve de Jean Teulé prestam uma homenagem a um singular e esquecido personagem, um dos primeiros homens que ousou enfrentar abertamente um poder férreo e absoluto que só viria a ser destruído muitos anos mais tarde, com a Revolução Francesa.
A cidade costeira de Crosby, no Maine, um local aparentemente igual a tantos outros, parece conter em si o mundo inteiro, com as vidas dos seus habitantes a transbordarem de grandes dramas humanos: desejo, desespero, ciúme, esperança e amor. Umas vezes implacável, outras vezes paciente, perspicaz ou em negação, Olive Kitteridge, uma professora reformada, lamenta as mudanças da sua pequena cidade e do mundo em geral, mas nem sempre se apercebe das mudanças ocorridas naqueles que a rodeiam: numa pianista de bar assombrada por um antigo romance passado; num antigo aluno que perdeu a vontade de viver; no seu próprio filho adulto, que se sente tiranizado pelo seu temperamento irracional; e no seu marido, Henry, que vê na sua fidelidade ao casamento tanto uma bênção como uma maldição.
À medida que os habitantes da cidade vão lidando com os seus problemas, de forma calma ou furiosa, Olive é levada a uma profunda compreensão de si mesma e da sua vida ¿ por vezes de maneira dolorosa, mas sempre cruamente honesta. Olive Kitteridge oferece-nos uma perspectiva profunda da condição humana, com os seus conflitos, as suas tragédias e alegrias, e a resistência por ela exigida.
Desde as terras campestres da Rússia até à inóspita pampa argentina povoada de índios, uma menina de doze anos, abandonada pelos pais, deverá empreender a sua missão mais importante: viver.
A extraordinária vida de Olga começa na faustosa Rússia dos últimos czares Romanov, quando, com somente doze anos, a sua família decide abandonar o seu país, deixando para trás tudo o que tinha, inclusivamente uma das suas irmãs. Começa então uma grande viagem que os levará a Inglaterra e Canadá, antes de chegarem à longínqua e desconhecida Argentina, onde a família se separará definitivamente.
Ali, a pequena Olga começará uma nova vida plena de dificuldades, que enfrentará da melhor maneira possível. Terá de ultrapassar novas separações e notícias infelizes, duas guerras mundiais que a atingirão profundamente, mas também conhecerá o amor e iniciará a sua própria família, reencontrará pessoas que julgara desaparecidas e trabalhará nas suas próprias terras na pampa argentina.
Quando Peter Hithersay descobre aos 16 anos que o pai não é o afável inglês que está casado com a sua mãe e sim um dissidente político da Alemanha do Leste com quem ela teve um romance fugaz na década de 1960, decide ir a Leipzig em busca do seu passado. Durante a sua breve incursão ao outro lado da Cortina de Ferro, apaixona-se por uma bela jovem que está a despertar politicamente e a questionar o modo como o seu país é governado. A sua situação comove-o, o seu amor excita-o, mas ele tem demasiado medo para a ajudar. De regresso ao seu país, Peter vai passar dezanove anos a fingir que não a ama, até que um dia, já com a Alemanha reunificada, não consegue continuar a reprimir os seus sentimentos e decide voltar e procurá-la. Mas quem é ela agora, como é que o facto de um dia a ter abandonado afectou a sua vida e como poderá encontrá-la? As suas únicas pistas são a alcunha dela - Snowleg - e os arquivos do Estado que os separou.

Passatempo Natal 2014

Após um mês sem passatempos, e numa altura em que não disponho de muito tempo nem disposição para contactar editoras e organizar passatempos, não quis no entanto deixar de fazer pelo menos um passatempo de Natal no Nefertari e os Livros. Assim este ano teremos apenas um passatempo de Natal, embora vão ser premiados 6 participantes. Para quem já por aqui anda há mais tempo o passatempo vai funcionar de forma semelhante ao que fizemos o ano passado para o Ano Novo.

Para este passatempo não vão existir perguntas certas nem erradas, apenas um mini-questionário sobre os vossos gostos literários, e uma lista dos livros disponíveis. Tal como no ano passado devem classificar os livros de 1 a 6 por ordem de preferência, sendo o 1 o que gostariam mais de receber e o 6 aquele em que tiverem menos interesse.Caso um ou mais dos livros não vos interesse deixem esse livro(s) por classificar. Qualquer duvida deixem comentário ou enviem mail que tentarei responder rapidamente a todos.




Passo a apresentar-vos os livros do passatempo:























Autor
Titulo
Chuck Palahniuk
Asfixia
Ken Kalfus
Uma Desordem Americana
Jean Teulé
Montespan
Elizabeth Strout
Olive Kitteridge
Yolanda Scheuber
O Longo Caminho de Olga
Nicholas Shakespeare
Snowleg - a Imagem do Teu Rosto


Se quiserem conhecer melhor os livros em questão, cliquem aqui para ler as sinopses. 

Neste passatempo e nos próximos que lançar vou no entanto fazer uma pequena alteração às regras. Vou deixar de duplicar participações de seguidores, no entanto os passatempos passam a ser restritos a seguidores. Quem ainda não é seguidor tem 4 formas para o fazer: Blogger, GOOGLE+, Facebook e NetworkedBlogs.

Este passatempo vai durar até às 23h59m do dia 22/12/2014 pelo que para participarem basta cumprirem as regras e responder ao formulário abaixo até essa data. Este ano não vou conseguir fazer o envio antes do Natal, mas quero ver se pelo menos consigo informar os vencedores :)

Regras

1. Serão consideradas válidas todas as participações de seguidores do blogue registadas até às 23h59m do dia 22 de Dezembro de 2014.
2. Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
4. Participações repetidas, de não seguidores, ou com dados incompletos serão anuladas.
5. Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através do Random.org, contactados por email e anunciados no blogue.
6. O envio dos prémios será realizado pelo blogue em correio editorial.
7. O blogue não se responsabiliza pelo eventual extravio de livros.
8. Os vencedores dispõem de 7 dias para responder ao mail enviado, caso contrário será feito novo sorteio para apurar outro vencedor.

Boa sorte :)


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Sem Tradução

Titulo: Everyman's Rules for Scientific Living
Autor:  Carrie Tiffany
Origem: Austrália
Ano da edição original: 2005
Editora: Pan Macmillan
Páginas: 256
Língua original: Inglês
ISBN: 0330421913

Sinopse: In this sensual, witty, and startlingly original first novel, Jean Finnegan searches for her place in a tumultuous world wracked by the Great Depression and the beginning of World War II. Carrie Tiffany captures the frailty and beauty of the human condition and vividly evokes the hope and disappointment of an era.
Billowing dust and information, the government "Better Farming Train" slides through the wheat fields and small towns of Australia, bringing advice to the people living on the land. The train is staffed by irresistibly eccentric agricultural and domestic experts, from Sister Crock, the prim head of "women's subjects," to Mr. Ohno, the Japanese chicken specialist, to Robert Pettergree, a scientist with an unusual taste for soil. Amid the swaying cars full of cows, pigs, and wheat, a strange and swift seduction occurs between Robert and Jean. In an atmosphere of heady scientific idealism they settle in the impoverished Mallee farmland with the ambition of transforming the land through science.

In luminous prose, Tiffany writes about the challenges of farming, the character of small towns, the stark and terrifying beauty of the Australian landscape, and the fragile relationships among man, science, and nature. Everyman's Rules for Scientific Living is a passionate and heartbreaking novel from an astonishing new writer.

A autora e a obra: Carrie Tiffany é uma escritora australiana, nascida em Inglaterra,  atualmente com 49 anos.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Imagem da semana



Há quem leia em qualquer lugar X


Autor da semana - Semana 49 - Fim de desafio



Este foi mais um desafio que chegou ao fim sem palpites, pelo que não vale a pena repetir as pistas anteriores.

Sem assim o autor da semana era:


António Alçada Baptista

Nome completo: António Alfredo da Fonseca Alçada Tavares Baptista
Nascimento: 29 de Janeiro de 1927, Covilhã, Portugal
Falecimento: 7 de Dezembro de 2008, Lisboa, Portugal
Causa da morte: Doença cardíaca
Filiação: Luís Victor Tavares Baptista e  Maria Natividade da Fonseca Morais Alçada Tavares Baptista
Irmãos: Luís Victor, Maria Eugénia, Carlos Manuel, Maria Isabel
Cônjuge: Maria José de Magalhães Coutinho Guedes (20 de Março de 1950)
Filhos:  Pedro, Inês, Rita, Luís, Marta, Sofia e Ana
Educação: Faculdade de Direito de Lisboa






Livros 

Documentos Políticos precedidos de uma Introdução onde se pretende contribuir para um diagnóstico da vida pública nacional, Moraes, 1970.
Peregrinação Interior I – Reflexões sobre Deus, Moraes, 1972
O Tempo das Palavras, Moraes, 1973.
Conversas com Marcello Caetano, Moraes, 1973.
Peregrinação Interior II – O Anjo da Esperança, Uranus, 1982
Uma Vida Melhor, Contexto, 1984.
Os Nós e os Laços, Presença, 1988
Catarina ou o Sabor da Maçã, Presença, 1988
Tia Suzana, Meu Amor, Presença, 1989
O Riso de Deus, Presença, 1994
A Pesca à Linha – Algumas Memórias, Presença, 1998
O Tecido do Outono, Presença, 1999
Um Olhar à Nossa Volta, Presença, 2002
A Cor dos Dias – Memórias e Peregrinações, Presença, 2003


A pontuação do Autor da semana continua assim:

Vencedores
Semanas/pontos
Total
Bela
S41(5)
S42(2)
S43(7)




14
Diana Ponte
S41(5)
S42(2)
S43(7)
S44(5)
S45(7)
S47(7)
S48(7)
40

A novidade é que devido à pouca adesão que este desafio teve e ao facto de matematicamente já não ser possível ultrapassar a pontuação da Diana Ponte, vamos encerrar por aqui o Autor da Semana. 

A vencedora incontestável é a Diana Ponte que irá receber um livro surpresa de um dos autores do desafio, um marcador egípcio, um marcador personalizado alusivo ao desafio e uma agenda artesanal para 2015 que vos mostrarei em breve. Parabéns Diana e obrigada pela persistência e excelentes palpites.


domingo, 7 de dezembro de 2014

Autor da semana - Semana 49 - Dia 7



Hoje é o 7º e ultimo dia para este desafio, por isso não interessa fazerem mais perguntas, se tiverem palpites é hora de os deixaram, caso ninguém acerte 2ª feira revelo o autor e começo novo desafio...


Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


Dia 2

Diana Ponte
Está vivo? - Não


Dia 3

Ana Paula Sousa
É europeu? - Sim

Diana Ponte
É uma mulher? - Não


Dia 4

Diana Ponte
É inglês? - Não

Dia 5

Diana Ponte
É francês? - Não


Já sabem que a partir de agora podem dar os vossos palpites ...

As regras e a forma de participar podem ser consultadas aqui.


Sugestão de Leitura - O Rei Pálido de David Foster Wallace

Titulo: O Rei Pálido
Autor: David Foster Wallace
Titulo Original: The Pale King
Ano da edição original: 2011

Editora: Quetzal Editores
Lançamento: 7 de Novembro de 2014
Páginas: 648
ISBN: 9789897221910

Sinopse: O aborrecimento. Se há alguém capaz de escrever um grande romance sobre este tema é certamente David Foster Wallace: o aborrecimento e os seus efeitos sobre o espírito.

Em A Piada Infinita, explorava o entretenimento e o prazer - que obliteram a dor; aqui, em O Rei Pálido, Wallace leva até às últimas consequências a observação e o estudo da tristeza, da monotonia, do tédio. E, para isso, não poderá haver ambiente mais natural e propício do que a Autoridade Tributária, um centro regional de processamento de IRS algures no Midwest. O Rei Pálido foi publicado postumamente e editado a partir dos manuscritos encontrados - doze capítulos prontos e outros ainda em construção -, seguindo-se as anotações do autor ou apenas a lógica interna do texto.
A crítica Michiko Kakutani considera este trabalho de Wallace o mais imediato em termos emocionais, e aquele em que o autor se relaciona mais intimamente com a sua dificuldade em navegar a vida de todos os dias.
David Foster Wallace numa das notas que deixou afirma:
«A felicidade - uma combinação de alegria + gratidão, a cada segundo que passa, pela dádiva de estarmos vivos, conscientes - encontra-se do outro lado de um aborrecimento absolutamente aniquilador. Prestem toda a atenção à coisa mais entediante que forem capazes de descobrir (declarações fiscais, golfe na televisão) e vão ser inundados por ondas de um aborrecimento como nunca sentiram e que vos vai praticamente matar. Mas, se conseguirem sobreviver a isso, será como passar do preto e branco para a cor. Como água depois de vários dias no deserto. Uma felicidade constante em cada átomo.»


Criticas: 

The Guardian - «Eleva-se (…) até qualquer coisa como grandiosidade.»

The New York Times - «O Rei Pálido será contínua e minuciosamente analisado por fãs de longo curso, por causa da luz reflexiva que derrama sobre a obra de Wallace e sobre a sua vida.»


sábado, 6 de dezembro de 2014

Autor da semana - Semana 49 - Dia 6




Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


Dia 2

Diana Ponte
Está vivo? - Não


Dia 3

Ana Paula Sousa
É europeu? - Sim

Diana Ponte
É uma mulher? - Não


Dia 4

Diana Ponte
É inglês? - Não

Dia 5

Diana Ponte
É francês? - Não

Já sabem que a partir de agora e até os novos comentários serem publicados podem colocar mais perguntas ou se for o caso dar os vossos palpites ...


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Autor da semana - Semana 49 - Dia 5






Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


Dia 2

Diana Ponte
Está vivo? - Não


Dia 3

Ana Paula Sousa
É europeu? - Sim

Diana Ponte
É uma mulher? - Não


Dia 4

Diana Ponte
É inglês? - Não


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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Autor da semana - Semana 49 - Dia 4




Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


Dia 2

Diana Ponte
Está vivo? - Não


Dia 3

Ana Paula Sousa
É europeu? - Sim

Diana Ponte
É uma mulher? - Não


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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Cantinho do Poeta















Lembre-vos quão sem Mudança


Lembre-vos quão sem mudança,
Senhora, é meu querer,
perdida toda esperança;
e de mim vossa lembrança
nunca se pode perder.
Lembre-vos quão sem por quê
desconhecido me vejo;
e, com tudo, minha fé
sempre com vossa mercê,
com mais crecido desejo.

Lembre-vos que se passaram
muitos tempos, muitos dias,
todos meus bens se acabaram,
com tudo, nunca mudaram;
querer-vos, minhas porfias.
Lembre-vos quanta rezão
tive pera esquecer-vos,
e sempre meu coração,
quanto menos galardão,
tanto mais firme em querer-vos.

Lembre-vos que, sem mudar
o querer desta vontade,
me haveis sempre de lembrar,
té de todo me acabar,
vós e vossa saudade.
Lembre-vos como pagais
o tempo que me deveis,
olhai quão mal me tratais:
Sam o que vos quero mais,
o que menos vós quereis.

Lembre-vos tempo passado,
não porque de lembrar seja,
mas vereis quão magoado
devo de ser c’o cuidado
do que minha alma deseja.
Lembre-vos minha firmeza,
de vós tão desconhecida,
lembre-vos vossa crueza,
junta com minha tristeza,
que nunca foi merecida.

Lembre-vos que se quiséreis,
assi como consentistes
nestes meus males, fizéreis
com o menos que pudéreis
não serem meus dias tristes.
Lembre-vos quão mal tratado
lembranças vossas me trazem;
eu sempre menos mudado,
quando mais desesperado
vossas mostranças me fazem.

Lembre-vos a quão má vida
tenho, por bem vos querer;
esta dor faz mais crecida
não vos ver arrependida
de mo assi desconhecer.
Lembre-vos, minha senhora,
que, por já me verdes vosso,
mostrais que vos desnamora
procurar ver-vos cada hora,
o que eu escusar não posso.

Lembre-vos que nem por isso
minha fé vereis mudada,
o que está craro e bem visto,
pois cousas mores naquisto
tiveram forças de nada.
Lembre-vos que outra mercê
de mim nunca foi pedida,
senão só que minha fé,
pois tinha causa por quê,
fosse de vós conhecida.

Nestes dias dezimados,
lembre-vos com quanta pena
hão-de viver meus cuidados,
sendo já desesperados,
vendo que nada os condena.
Lembre-vos que vida tal
nunca vo-la mereci;
olhai bem em quanto mal
me pagais o ser leal
c’o tempo que vos servi.

Bernardim Ribeiro, em 'Antologia Poética'

Autor da semana - Semana 49 - Dia 3




Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


Dia 2

Diana Ponte
Está vivo? - Não

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Autor da semana - Semana 49 - Dia 2



Como não houve comentários no dia 2, iniciamos o dia 2 da mesma forma:


Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


A partir de agora podem deixar o vosso comentário com pergunta ou palpite...

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Boa sorte...


Sem Tradução

Titulo: Master Georgie
Autor: Beryl Bainbridge
Origem: Inglaterra
Ano da edição original: 1998
Editora: Carroll & Graf Publishers
Páginas: 190
Língua original: Inglês
ISBN: 0-7867-0563-9

Sinopse: The highly acclaimed New York Times Book Review Notable Book of 1998 and Booker Prize Nominee that reinvents the historical novel from Beryl Bainbridge, the distinguished author of The Birthday Boys and Every Man For Himself. A misadventure in a brothel links the destiny of the enigmatic George Hardy, a surgeon and amateur photographer, to a foundling who becomes his obsessively devoted maid, a wily street boy who takes advantage of his sexual ambiguity, and his alternately philosophical and libidinous brother-in-law in this terse, searing novel that takes them from the comfortable parlors of Victorian Liverpool to the horrific battlefields of the Crimean War.

"An exquisite dissector of human folly" - Time
"Striking . . . in its companionable alliance between wry, deadpan humor and nightmarish horror" - New York Times Book Review
"Master Georgie can be read in an hour or two, yet it may reverberate in the reader's consciousness long after its poignant final page." - Boston Globe
"Easily the most impressive novel I've read this year, and my admiration for it is unqualified." - Mordecai Richler, National Post (Canada)
"Remarkable . . . A tour de force of compressed plotting . . . by turns funny and appalling" - New York Times
"A memorable novel" - Atlantic Monthly
"Stunning" - The New Yorker
"A virtually flawless blend of elegant prose, ironic observation, and impeccably controlled narrative momentum" - Publishers Weekly

A autora e a obra: Beryl Bainbridge foi uma autora inglesa falecida em 2010 aos 77 anos. Deixou cerca de 20 romances, para além de livros de contos e não ficção. Tem 2 livros editados em Portugal, Segundo Queeney (Europa América, 2000) e Salve-se Quem Puder (Europa América, 2003). Este seu Master Georgie ganhou o WH Smith Literary Award e foi finalista do Booker Prize. Orange Prize for Fiction e do International IMPAC Dublin Literary Award.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Autor da semana - Semana 49 - Dia 1



Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista biográfica: Casou a 20 de Março


A partir de agora podem deixar o vosso comentário com pergunta ou palpite...

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Boa sorte...


Imagem da semana



Depois de uma semana quase desaparecida, estou de volta e aqui fica o... Há quem leia em qualquer lugar IX

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Autor da semana - Semana 48 - Desafio completo



Mais um palpite certeiro ao primeiro dia :)

Resumo


Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana


Pista fotográfica:


Dia 1

Diana Ponte
Palpite: Louisa May Alcott - Certo


A pontuação ficou agora assim:


Vencedores
Semanas/pontos
Total
Bela
S41(5)
S42(2)
S43(7)




14
Diana Ponte
S41(5)
S42(2)
S43(7)
S44(5)
S45(7)
S47(7)
S48(7)
40


Louisa May Alcott

Nome completo: Louisa May Alcott 
Nascimento: 29 de Novembro de 1832, Germantown, Filadélfia, Pensilvânia, EUA
Falecimento: 6 de Março de 1888, Boston, Massachusetts, EUA
Causa da morte: Lupus?, Intoxicação com mercúrio?
Filiação: Amos Bronson Alcott, Abby May Alcott
Irmãos: Abigail May Alcott Nieriker, Elizabeth Sewall Alcott, Anna Alcott Pratt
Cônjuge: --
Filhos: --
Educação: Foi educada em casa pelo pai e por Henry David Thoreau





Livros editados em Portugal

Mulherzinhas / Quatro raparigas (Little Women)
Boas esposas / Anos felizes (Good Wives)
Homenzinhos (Little Men)
Oito primos (Eight Cousins)
Os vinte anos de Rosa (Rose in Bloom)
Perseguição (A Long Fatal Love Chase)
A herdeira (The Inheritance)
Uma rapariga à moda antiga (An Old Fashioned Girl)


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Autor da semana - Semana 48 - Dia 1




Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana

Pista fotográfica:


A partir de agora podem deixar o vosso comentário com pergunta ou palpite...

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Boa sorte...

Imagem da semana



Há quem leia em qualquer lugar VIII


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Cantinho do Poeta















Canção da Partida


Ao meu coração um peso de ferro
Eu hei de prender na volta do mar.
Ao meu coração um peso de ferro...
    Lançá-lo ao mar

Quem vai embarcar, que vai degredado,
As penas do amor não queira levar...
Marujos, erguei o cofre pesado,
    Lançai-o ao mar.

E hei de mercar um fecho de prata.
O meu coração é o cofre selado.
A sete chaves: tem dentro uma carta...
— A última, de antes do teu noivado.

A sete chaves — a carta encantada!
E um lenço bordado... Esse hei de o levar,
Que é para molhar na água salgada
No dia em que enfim deixar de chorar.

Camilo Pessanha, em "Clepsidra", 1920

V Concurso Literário Alfarroba 2014/2015 - Papá, só mais uma...



Consulte o regulamento e envie a sua participação.


Sem Tradução

Titulo: A Dance to the Music of Time
Autor: Anthony Powell
Origem: Inglaterra
Ano da edição original: 1951-1975
Editora: Heinemann
Páginas: n/a
Língua original: Inglês
ISBN: n/a

Sinopse: A Dance to the Music of Time is a twelve-volume cycle of novels by Anthony Powell, inspired by the painting of the same name by Nicolas Poussin. One of the longest works of fiction in literature, it was published between 1951 and 1975 to critical acclaim. The story is an often comic examination of movements and manners, power and passivity in English political, cultural and military life in the mid 20th century.


O autor e a obra: Anthony Powell  foi um escritor inglês falecido em 2000 aos 94 anos. A Dance to the Music of Time é como indicado na sinopse um conjunto de 12 romances:

A Question of Upbringing – (1951)
A Buyer's Market – (1952)
The Acceptance World – (1955)
At Lady Molly's – (1957)
Casanova's Chinese Restaurant – (1960)
The Kindly Ones – (1962)
The Valley of Bones – (1964)
The Soldier's Art – (1966)
The Military Philosophers – (1968)
Books Do Furnish a Room – (1971)
Temporary Kings – (1973)
Hearing Secret Harmonies – (1975)

Nunca foi alvo de tradução em Portugal.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Autor da semana - Semana 47 - Desafio completo



Boa, mais um palpite certeiro ao primeiro dia :)

Resumo


Pista comum: O/A autor/a nasceu ou morreu numa data desta semana


Pista fotográfica: 




Dia 1

Diana Ponte
Palpite: Margaret Atwood - Certo


A pontuação ficou agora assim:

Vencedores
Semanas/pontos
Total
Bela
S41(5)
S42(2)
S43(7)



14
Diana Ponte
S41(5)
S42(2)
S43(7)
S44(5)
S45(7)
S47(7)
33


Margaret Atwood

Nome completo: Margaret Eleanor Atwood
Nascimento: 18 de novembro de 1939, Ottawa, Canadá
Filiação:  Margaret Dorothy Killam e Carl Edmund Atwood
Irmãos:  Harold e Ruth
Cônjuge: Jim Polk (de 1968 a 1973), Graeme Gibson
Filhos: Eleanor Jess Atwood Gibson (1976), 
Educação: Harvard's Radcliffe College, University of Toronto





Livros editados em Portugal

Olho de gato (Cat's Eye)
A morte beijou-a ao de leve (Bodily Harm)
Senhora do oráculo (Lady Oracle)
Criminosa ou inocente? (Alias Grace)
A impostora (The Robber Bride)
A odisseia de Penépole (The Penelopiad)
Desforra: a dívida e o lado sombrio da riqueza (Payback: Debt and the Shadow Side of Wealth)
Órix e Crex (Oryx and Crake)
O assassino cego (The Blind Assassin)
O ano do dilúvio (The Year of the Flood)
A história de uma servaCrónica de uma serva (The Handmaid's Tale)
Ressurgir (Surfacing)
A Mulher Comestível (The Edible Woman)


Novidades Topseller



«Lara Jean, a personagem principal, dá a esta história comovente um toque de originalidade e um charme muito próprio.» - Publishers Weekly

«Uma interpretação emocionante do crescimento e do amor jovem.» - Kirkus Reviews
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A Todos os Rapazes que Amei (Topseller I 272 pp I 15,98€) enquadra-se no género romance contemporâneo, muito em voga, onde brilham autores como John Green. Jenny Han, autora bestseller do New York Times, traz-nos um romance divertido e original sobre o amor jovem.

«Guardo as minhas cartas numa caixa de chapéu verde-azulada que a minha mãe me trouxe de uma loja de antiguidades da Baixa. Não são cartas de amor que alguém me enviou. Não tenho dessas. São cartas que eu escrevi. Há uma por cada rapaz que amei — cinco, ao todo.

Quando escrevo, não escondo nada. Escrevo como se ele nunca a fosse ler. Porque na verdade não vai. Exponho nessa carta todos os meus pensamentos secretos, todas as observações cautelosas, tudo o que guardei dentro de mim. Quando acabo de a escrever, fecho-a, endereço-a e depois guardo-a na minha caixa de chapéu verde-azulada.
Não são cartas de amor no sentido estrito da palavra. As minhas cartas são para quando já não quero estar apaixonada. São para despedidas. Porque, depois de escrever a minha carta, já não sou consumida por esse amor devorador. Se o amor é como uma possessão, talvez as minhas cartas sejam o meu exorcismo. As minhas cartas libertam-me. Ou pelo menos era para isso que deveriam servir.»

A Topseller disponibiliza os primeiros capítulos para leitura imediata, aqui.


Jenny Han nasceu e cresceu na costa leste dos Estados Unidos da América. Estudou na Universidade da Carolina do Norte e fez um mestrado em Escrita para Crianças em Nova Iorque, onde mora atualmente. Se pudesse escolher um emprego, Jenny Han gostaria de ser ajudante do Pai Natal, provadora de gelados ou a melhor amiga da Oprah, entre outras coisas perfeitamente vulgares. Tem uma predileção por meias até ao joelho e come qualquer sobremesa, desde que seja de maracujá.

É autora da trilogia The Summer I Turned Pretty, bestseller do New York Times. O seu mais recente êxito, este A Todos os Rapazes que Amei, encontra-se em vias de ser adaptado ao cinema. A sua continuação, P. S. Ainda Te Amo, que está prevista para novembro de 2015, será publicada também pela Topseller.


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