Viajando com... Ararat de Alexandre Saro

Mais um livro terminado, faltava a rubrica Viajando com...

Este livro é quase exclusivamente passado em Portugal, na maior parte algures no Minho, num lugar não identificado. No entanto são citados alguns lugares e existe uma personagem que nos fala do seu passado fora de Portugal. Por isso aqui ficam os lugares identificados:

Portugal

Continente: Europa
Capital: Lisboa
Língua: Português
Área: 92 090 km²
População: 10 562 178 (dados de 2011)
Moeda: Euro








Lisboa - É a capital, bem como a maior cidade de Portugal, com cerca de 547 633 de habitantes (2011) para uma área de 84,97 km².

O único lugar identificado é a Praça do Comércio, por isso é dela que vos deixo as fotos.

Braga -  É uma cidade portuguesa situada no Minho de que é a capital. Tem uma população de cerca de 181 494 habitantes (2011) para uma área de 183,4 km².

No caso de Braga o local mencionado no livro é o Santuário do Bom Jesus do Monte e em particular as escadarias e as fontes alegóricas aos cinco sentidos pelo que são essas fotos que vos deixo.

Geórgia

Continente: na fronteira entre Europa e Ásia
Capital: Tbilisi
Língua: Georgiano
Área: 69.700 km²
População: 4 555 911 (dados de 2013)
Moeda: Lari




Na história de Szaza são mencionados 4 locais da Geórgia:

Batumi - É uma cidade costeira do Mar Negro e capital da Ajária, uma república autónoma no sudoeste da Geórgia. Tem uma população de cerca de 123 900 habitantes (2010) para uma área de 64,9 km².

Tbilisi - É a capital, cidade mais populosa e principal centro financeiro, corporativo, mercantil e cultural da Geórgia. Tem uma população de cerca de 1 158 000 habitantes (2010) para uma área de 350 km².

Mestia - É uma vila no noroeste da Geórgia, a uma altitude de 1.500 metros (4.921 pés) nas montanhas do Cáucaso. Tem uma população de cerca de 2,600 habitantes (2010) para uma área de 30,44 km².

Zugdidi - É uma cidade no oeste da província histórica de Samegrelo (Mingrélia), na Geórgia. Tem uma população de cerca de 75 900 habitantes (2007) mas não consegui dados da área.

Fica uma foto de um castelo da cidade e outra de uma marshrutka, uma carrinha como a que Szaza conduzia.

Conexão - Ararat de Alexandre Saro - Casablanca de Michael Curtiz - Sopho Khalvashi

Mais uma vez não pude recorrer a adaptações cinematográficas, pelo que desta vez optei por duas referencias feitas mo livro, a um filme e a uma musica. As referencias são feitas num dos capítulos protagonizados por Szaza, o georgiano.






A primeira é  ao filme Casablanca de Michael Curtiz, de que gosto muito e aproveitei para rever:

Titulo: Casablanca
Titulo Original: Casablanca
Ano: 1942
Realizador: Michael Curtiz
Elenco: Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Dooley Wilson, Claude Rains, Conrad Veidt, Sydney Greenstreet.

Sinopse: Casablanca: fácil de entrar, mas muito mais difícil de sair, especialmente se o seu nome estiver na lista Nazi dos mais procurados. No topo dessa lista está o líder da Resistência Checa, Victor Laszlo, cuja única esperança é Rick Blaine, um cínico americano que não arrisca o pescoço por ninguém... especialmente pela mulher de Victor, Ilsa, a sua ex-amante. Ele terá de decidir o que é mais importante: a sua felicidade ou as inúmeras pessoas que esperam por uma saída do país.



Este é um filme que mesmo sendo de 1942, é um clássico que dispensa grandes apresentações, pois acredito que a grande de vós já o viu, provavelmente até mais do que uma vez. No meu caso, não sou grande apreciadora de filmes antigos, no entanto existem algumas excepções e Casablanca é uma delas. Por isso gosto de o rever esporadicamente e como foi referido no livro aproveitei para o fazer. Só posso acrescentar que se algum de vós ainda não viu, não deixe de o fazer porque vale mesmo a pena.


A segunda referencia é a uma cantora georgiana, Sopho Khalvashi, que participou no festival Eurovisão 2007. Como devem calcular nunca tinha ouvido falar desta cantora e tive curiosidade em ouvir a música. Deixo-vos o video:

Opinião – Ararat de Alexandre Saro

Titulo: Ararat
Autor: Alexandre Saro

Titulo Original: n/a
Ano de Publicação Original: 2013

Editora: Chiado Editora
Ano: 2013
Tradução: n/a
Páginas: 280
ISBN: 9789895103898

Sinopse: Segundo a tradição judaico-cristã, após meses de diluvio universal, a Arca de Noé terá tocado terra firme num monte chamado de Ararat. Foi nesse local que os filhos de Noé recomeçaram a titanesca tarefa de recolonização do planeta. Milénios depois, algures no Minho profundo, reconstruir essa arca torna-se no desígnio de uma Instituição pública da região.
"Ararat" conta essa história. As vidas, os propósitos, medos, ilusões, mesquinhez e a forte presença da religião.
Um emigrante ilegal vem para Portugal em busca de um sonho. Um político local tenta reformar-se com dinheiro e glória. Um jovem ambicioso engenheiro reencontra uma paixão antiga jamais consumada, enquanto um advogado descobre ter casado por amor. Percursos de vida entranhados de ambição e frustração.
Em síntese, "Ararat" é a história colateral à edificação de uma obra pública. A história marginal aos grandes desígnios. Ou, talvez quem sabe, a história principal.
É uma narrativa negra ilustrativa das debilidades contemporâneas dos descendentes de Noé.

Opinião: Como já anteriormente mencionei este livro chegou-me às mãos através do próprio autor que o quis submeter à minha opinião. Por isso comecei a lê-lo sem qualquer tipo de expectativas, uma vez que não conhecia a escrita do autor, nem tinha ainda lido ou ouvido qualquer opinião acerca do livro. E fiquei agradavelmente surpreendida, por uma escrita de fácil leitura mas cuidada, por um enredo que sem ser muito intrincado está bem pensado, e sobretudo pelo sarcasmo e capacidade critica do autor.

Neste livro Alexandre Saro pega no que a sociedade portuguesa tem de pior e faz uma "caricatura" muito bem conseguida da mesma, plena de sarcasmo e ironia. É uma critica de costumes, um retrato negro dos nossos políticos, das nossas falsas moralidades, das grandes negociatas, de projetos megalómanos e inúteis. Enfim de tudo aquilo que levou o país ao seu estado atual.

Quantos às personagens ainda que algumas estejam exageradamente caracterizadas (ao estilo de uma caricatura) não há como não reconhecer nalgumas delas, um vizinho, um colega, uma figura publica... Na sua maioria são completamente odiosas, repugnantes mesmo, como penso que fosse a intenção do autor.Mas também existem algumas personagens bastante memoráveis e empáticas com é o caso do Padre Luís que adorei e até mesmo Szaza um georgiano que se vai intrometendo na história de uma forma bastante original. Também gostei bastante da "explosão" de Teresa perante a vida que leva. A única personagem que achei um pouco aquém foi Miguel que para protagonista é um pouco morno, mas a verdade é que a vida está cheia de Migueis.

Em resumo, ainda não é uma obra prima mas para primeiro romance está bem conseguido. Acho que Alexandre Saro promete futuros bons livros e recomendo que leiam este para começar.

Aquisições - Semana 45

Mais uma semana decorrida e continuo em sistema de contenção de compras. Por isso as duas novas aquisições da semana não foram compras. O primeiro veio do WinkingBooks onde ainda tenho uns pontinhos para gastar, e o segundo foi uma amável oferta do autor que o quis submeter à minha apreciação. Para já gostei da simpatia, humildade e determinação que notei nas suas palavras. Conto em breve deixar-vos aqui a minha opinião sobre o livro.

O Doutor Arrowsmith
Sinclair Lewis

(obrigada Isabel Carneiro)

Ararat

Alexandre Saro

(obrigada Alexandre Saro)