terça-feira, 30 de abril de 2013

Opinião – Crónica de uma Morte Anunciada de Gabriel García Márquez

Gabriel García Márquez


Titulo: Crónica de uma Morte Anunciada
Autor: Gabriel García Márquez

Titulo Original: Crónica de una muerte anunciada
Ano de Publicação Original: 1981

Editora: Revista Sábado
Ano: 2008
Tradução: Fernando Assis Pacheco
Páginas: 178
ISBN: n/mencionado

Sinopse: Esta é a história de um assassinato numa pequena localidade colombiana próxima da costa caribenha cuja única ligação com o exterior é um rio. Toda a localidade celebra o casamento de Bayardo San Román, rico recém-chegado, com Ángela Vicário. Mas Bayardo descobre que a sua esposa não é virgem e devolve-a a casa dos pais. Ángela acusa Santiago Nasar, um rico jovem de origem árabe. Obrigados pela defesa da honra familiar os irmãos de Ángela anunciam aos quatro ventos a sua determinação de acabar com a vida de Santiago. Todos os habitantes da localidade conhecem as intenções dos dois irmãos menos o interessado, e ninguém faz ou pode fazer nada para evitar o desenlace trágico... Passados mais de 20 anos, um cronista reconstrói passo a passo os acontecimentos.

Opinião: Este é um livrinho que sê muito rápido principalmente porque as suas 178 páginas estão impressas em letras apropriadas para míopes, ou seja enormes. Mais um dos que aguardavam há imenso tempo nas minhas prateleiras, e neste caso muito injustamente.

Foi esta a escolha da maioria dos que acederam a votar na minha proposta de escolha da próxima leitura que coloquei no blogue há uns dias. Terminada a sua leitura posso afirmar que foi uma excelente escolha por dois motivos. Primeiro porque foi um livro que me proporcionou umas horas bem passadas e de que gostei muito, e segundo porque ao contrário da maioria, eu apenas conhecia de Gabriel García Márquez, uma das suas obras  menos faladas, O Outono do Patriarca. Quando o li apesar de reconhecer que é um bom livro e um grande escritor, a história não conseguiu empolgar-me, pelo que na altura não fiquei com grande entusiasmo em ler mais livros do autor. Pois este Crónica de uma Morte Anunciada veio contrariar a tendência e não só conseguiu captar totalmente a minha atenção como deixar-me com vontade de ler mais obras de Gabriel García Márquez, o que é excelente, e só tenho a agradecer a quem nele votou.

Sobre a história não preciso de vos contar muito mais, pois está bem explicita na sinopse. Este é um daqueles livros em que não há grande risco de "spoilers", pois desde o inicio que sabemos bem o que aconteceu, e parte do que não sabemos o autor deixa em aberto.  O que nos empolga nesta leitura não é o querermos saber o final da história, mas a forma peculiar como está escrita, ao jeito de crónica jornalística, mas pouco linear, repleta de avanços e recuos na narrativa. O mais importante não é a história de Santiago Nasar, mas a visão critica de uma sociedade preconceituosa, machista, com um conceito de honra muitíssimo discutível. Os casamentos forçados e sem amor, a sobrevalorização da virgindade feminina, a legitima defesa da honra com sangue, são tão presentes, como revoltantes.

As personagens são fantásticas, embora não muito aprofundadas devido ao pequeno tamanho do livro, estão no entanto muito bem caracterizadas, bem delineadas.É através delas que vemos a história de várias perspectivas, que a sentimos como uma possibilidade, de tão credíveis que são. Sei que uma boa parte das personagens deste livro são comuns ao Cem Anos de Solidão, mas quanto a isso não vou comentar porque ainda não o li. Mesmo sendo uma ficção de um tipo de sociedade felizmente não muito comum nos dias que correm, não consegui deixar de refletir nos pontos em comum com a nossa realidade, principalmente no que toca à acomodação. Continuamos a viver numa sociedade em que a injustiça, a violência e outros males por vezes nos saltam à vista, mas é tão mais fácil fingirmos que não vimos, esperarmos que outros resolvam por nós...

Em suma, é um livro que recomendo, uma leitura rápida e agradável, apesar de alguma partes da narrativa serem bastante duras.

Deixo-vos um excerto de uma das personagens que mais apreciei por ser das poucas, senão a única, que realmente tentou evitar o inevitável, Clotilde Armenta.

"Clotilde Armenta sofreu nova desilusão com a leviandade do presidente da Câmara, pois era de opinião que ele devia prender os gémeos até esclarecer a verdade. O coronel Aponte mostrou-lhe as facas como um argumento final.
-- Já não têm com que matar ninguém -- disse.
-- Não é por isso - disse Clotilde Armenta. -- É para livrar esses pobres rapazes do horrível compromisso que lhes caiu em cima.
Porque ela intuíra tudo. Tinha a certeza de que os irmãos Vicario estavam menos ansiosos por cumprir a sentença do que por encontrar alguém que lhes fizesse o favor de impedi-lo. Mas o coronel Aponte estava em paz com a sua alma." (pág.86)


Convite - Estudos de Alma e Conclusões (Carlos Nuno Granja) - Santa Maria da Feira e Ovar


domingo, 28 de abril de 2013

Aquisições - Semana 17

Bret Easton Ellis


Titulo: Glamorama
Autor: Bret Easton Ellis

Adquirido: WinkingBooks (obrigada Filipix)
Preço: € 0,00











Jane Smiley

Titulo: A Herdade
Autor: Jane Smiley

Adquirido: Wook
Preço: € 15,90







David Vann

Titulo: A Ilha de Sukkwan
Autor: David Vann

Adquirido: Wook
Preço: € 16,95

(Com tanta promoção relativa ao dia mundial do livro, não consegui evitar de me perder. Para já ainda só chegaram os da Wook, mas para a semana deve haver mais. Esta promoção devolvia 100% do valor dos livros para utilizarmos noutra compra. Por agora escolhi estes 2)



Gastei: € 32,85 + 2,50 (portes)

sábado, 27 de abril de 2013

Sugestão de Leitura - Uma Caneca de Tinta Irlandesa de Flann O'Brien

Flann O'Brien


Titulo: Uma Caneca de Tinta Irlandesa
Autor: Flann O'Brien
Titulo Original: At Swim-two-birds
Ano da edição original: 1939

Editora: Cavalo de Ferro
Lançamento: 27 de Março de 2013
Páginas: 256
ISBN: 9789896231552

Sinopse: Uma caneca de tinta irlandesa narra a história de um indolente estudante universitário, que habita com o seu tio em Dublin. Quando não está no bar mais próximo a beber cerveja com os amigos, ou na cama a dormir, este ocupa o seu tempo a escrever um romance revolucionário sobre um escritor medíocre chamado Dermot Trellis e as suas personagens absurdas que, a certa altura, cansadas da tirania do autor e, sobretudo, da sua péssima escrita, se rebelam, procurando vingar-se dele. Hilariante e inventivo, este famoso romance de Flann O'Brien, até hoje inédito em Portugal.

Criticas:

Time - «Uma das 100 melhores obras da literatura universal»

Anthony Burgess - «Sem quaisquer dúvidas um grande escritor... Flann O’Brien toma de assalto o nosso cérebro com palavras, estilo, magia, loucura e ilimitada inventividade.»

The Times - «Flann O’Brien é brilhante e inventivo, as suas histórias transformam o excêntrico
em normal e o normal em hilariante.»

Graham Greene - «"Uma caneca de tinta irlandesa" [At swim-two-birds] desde que apareceu ficou impresso na minha cabeça como um dos melhores livros do nosso século. Um livro entre milhares, na mesma linha de Ulysses e Tristram Shandy.... Li este livro com paixão, divertindo-me do início ao fim.»

Motivo da escolha: Este livro já  foi lançado há um mês e por pouco não o deixava passar despercebido. Penso que por se tratar de um autor já há muito falecido (1966) e uma editora pouco "badalada" este livro não teve a divulgação que merecia. O certo é que já o tinha na lista de livros sem tradução/edição em Portugal, e agora graças à Cavalo de Ferro vai direitinho para minha lista de livros a adquirir. Uma iniciativa que aplaudo e agradeço.

Convite - Labirinto de Mágoas (Daniel Sampaio) - Bragança


Convite - Toda a Ciência (Menos as Partes Chatas) (Cientistas de Pé) - Lisboa


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Conexão - Pequena Abelha de Chris Cleave - U2 e Queen

Embora existam noticias que confirmam que está a ser produzida uma adaptação cinematográfica deste livro, de acordo com o IMDB a mesma não entrou sequer em fase de filmagens, e a única informação dada como certa é que Nicole Kidman será uma das protagonistas. Como tal volto a recorrer à musica para esta conexão e deixo-vos as duas musicas mencionadas no livro. 

"Ninguém gosta de ninguém mas toda a gente gosta dos U2"




quinta-feira, 25 de abril de 2013

Bibliotecas do Mundo - Biblioteca e Museu Morgan - Morgan Library & Museum


Local: Manhattan, Nova Iorque, EUA
Fundada em: 1900

Mais informações em http://www.themorgan.org/home.asp

















Escolha da próxima leitura (4)

Terminada a leitura de Pequena Abelha, passo à vossa escolha que foi Crónica de uma Morte Anunciada. Esta votação teve apenas 11 participantes mas agradeço desde já a quem se manifestou e passo a apresentar-vos os resultados:


Opinião – Pequena Abelha de Chris Cleave

Chris Cleave

Titulo: Pequena Abelha
Autor: Chris Cleave

Titulo Original: The Other Hand
Ano de Publicação Original: 2008

Editora: Edições Asa
Ano: 2011
Tradução: José Vieira de Lima
Páginas: 266
ISBN: 9789892313177

Sinopse: Não queremos contar-lhe O QUE ACONTECE neste livro. Esta é uma HISTÓRIA MESMO ESPECIAL e não queremos desvendá-la.
Ainda assim, vai precisar de saber um pouco mais sobre ela para querer lê-la, por isso, vamos dizer apenas o seguinte:
Esta é a história de DUAS MULHERES. Os seus destinos vão cruzar-se UM DIA e uma delas terá de fazer UMA ESCOLHA terrível, o tipo de escolha que ninguém deseja enfrentar. Uma escolha que envolve vida ou morte. DOIS ANOS DEPOIS, elas encontram-se de novo. É então que a história começa verdadeiramente…
Depois de ler este livro, vai querer falar dele a TODOS OS SEUS AMIGOS. Quando o fizer, por favor, também não lhes diga o que acontece. Permita-lhes saborear a sua MAGIA.

Opinião: Comprei este livro numa Feira do Livro já há algum tempo, entusiasmada com a sinopse e duas ou três excelentes opiniões que li nalguns blogues que sigo regularmente e cuja opinião costumo ter em boa consideração. A verdade é que foi mais um livro cuja leitura foi ficando adiada até hoje.

Mesmo tempo ficado esquecido por algum tempo, tinha boas expectativas quanto a este livro, e peguei-lhe com algum entusiasmo. Pois apesar de ser um livro bastante diferente do que esperava, superou largamente qualquer expectativa. Acho que depois de algumas leituras "mornas" (umas mais entusiasmantes que outras, mas nenhuma realmente empolgante), já precisava de um livro assim, que me envolvesse na sua história, que me fizesse reflectir, cuja leitura me empolgasse a ponto de querer ler sempre mais um pouco, cujas personagens recordarei por longo tempo.

Do enredo em si não quero revelar-vos muito mais, porque penso que a intencionalidade da sinopse é espicaçar a curiosidade de futuros leitores, e concordo que devem ser vocês a "saborear a sua magia". E saborear é o termo adequado, pois foi esse o motivo de não ter lido este livro num ápice, a vontade de apreciar cada capítulo, cada página, cada frase. Adianto apenas a quem ainda não leu, que o tema principal são os refugiados, os contrastes entre 2 mundos tão diferentes, na geografia, nos costumes, na mentalidade. E com isto fazer-nos reflectir sobre o modo como os encaramos, alertar-nos para uma realidade tão próxima e com a qual poucos se preocupam.

Para conseguir tudo isto o autor brinda-nos com a história de 2 mulheres incríveis, Abelhinha e Sarah. E a história de ambas é terrível e dolorosa mas também inspiradora e cativante. O autor vai-nos revelando aos poucos os acontecimentos de há 2 anos, enquanto nos inteira do presente. E a sua maneira de relatar os acontecimentos é excelente, cheia de altos e baixos, de contrastes, num momento estamos mortificados com a crueldade dos acontecimentos e logo de seguida damos por nós com um sorriso nos lábios perante as observações peculiares de Abelhinha.

O que mais gostei neste livro foram mesmo as personagens, em especial Abelhinha, embora Sarah também seja uma mulher extraordinária. Abelhinha é no entanto daquelas personagens que nos acompanham durante longo tempo fazendo-nos sorrir quando pensamos nelas, mesmo que por vezes seja um sorriso melancólico.

E como este livro está repleto de magnificas reflexões não podia terminar sem vos deixar alguns excertos (não consegui escolher apenas um):

"Nas pernas castanhas da rapariga, havia muitas cicatrizes pequenas e brancas. Dei por mim a pensar: Será que essas cicatrizes te cobrem toda, como as estrelas e as luas do teu vestido? Pensei que isso também seria bonito, e peço-vos desde já, por favor, que concordem que uma cicatriz nunca é feia. Aqueles que fazem as cicatrizes querem que nós pensemos que as cicatrizes são feias. Mas nós temos de fazer um acordo para os enfrentarmos. Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Está bem? Esse será o nosso segredo. Porque, podem crer no que vos digo, uma cicatriz não se forma naqueles que estão a morrer. Uma cicatriz significa: «Eu sobrevivi»." (pág 17)

"Quando me puseram no centro de detenção de imigrantes, deram-me um cobertor castanho e um copo de plástico com chá. E quando eu senti o sabor do chá, só me apeteceu voltar para o navio e regressar ao meu país. O chá é o sabor da minha terra: é amargo e quente, forte, e carregado de memórias. Sabe a saudade. Sabe à distância entre o sítio onde estamos e o sítio de onde viemos. E também desaparece - o sabor dele desaparece da nossa língua quando os nossos lábios estão ainda quentes. Desaparece como as plantações que se perdem no nevoeiro. Ouvi dizer que o vosso país bebe mais chá do que qualquer outro. Isso deve fazer de vós umas pessoas muito tristes - como crianças que anseiam pelas mães ausentes. Lamento." (pág.135)

"O que é uma aventura? Tudo depende do ponto de partida. No vosso país, as miúdas escondem-se no buraco entre a máquina de lavar e o frigorífico e fazem de conta que estão na selva, com serpentes verdes e macacos por todo o lado. Eu e a minha irmã costumávamos esconder-nos num buraco na selva, com serpentes verdes e macacos por todo o lado, e fazíamos de conta que tínhamos uma máquina de lavar e um frigorífico. Vocês vivem num mundo de máquinas e sonham com coisas com corações que batem. Nós sonhamos com máquinas, porque já vimos em que estado é que os corações que batem nos deixaram." (pág. 214)

Por tudo isto, este é um livro que recomendo sem qualquer reserva e Chris Cleave um autor que quero voltar a ler.


Convite - Fialho Gouveia: Biografia Sentimental (Maria João Fialho Gouveia) - Porto


terça-feira, 23 de abril de 2013

Alfarroba - Livros de Algibeira


No dia mundial do livro, nasce também na Alfarroba um novo conceito de livro: pequeno, portátil, simples e acessível a todos, autores e leitores.

Queremos tornar possível a leitura junto a todos e a publicação perto de quem até agora tinha dúvidas e impossíveis.

A Algibeira é uma coleção de livros de bolso sob a chancela-mãe Alfarroba, livros para meter na algibeira e levar para todo o lado.

Atreva-se a levar um livro consigo! Meta a mão na algibeira e descubra que lá dentro cabe um livro, sempre pronto a ser lido.


Ideia - Bookmate

Esta semana descobri um objeto 4 em 1. Serve de capa, marcador, luz de leitura e apoio. Infelizmente penso que ainda não esteja à venda, mas mesmo assim achei que valia a pena partilhar.



















Mais detalhes em Yanko Design

Campanhas Editorial Presença


Livros da semana


O Rapaz Que Prendeu o Vento

William Kamkwamba
Bryan Mealer


P.V.P.: 16,05 € 9,60 €


Portes grátis para território nacional.
Promoção válida de 22 a 28 de Abril.

domingo, 21 de abril de 2013

Aquisições - Semana 16

Esta semana voltei a adoptar mais uns livrinhos de uma amiga que anda a tentar reduzir a biblioteca, e de quem já tinha adoptado uns livros em Março. Entre os que ela não pretende desfazer-se e os que eu já tenho lá descobri estes 4.

Lily Prior

Titulo: Cabaret
Autor: Lily Prior

Adquirido: Oferta (obrigada Elsa)
Preço: € 0,00











Alfredo Campos

Titulo: A Filha do Cabinda
Autor: Alfredo Campos

Adquirido: Oferta (obrigada Elsa)
Preço: € 0,00











Marta Gautier

Titulo: Nua e Crua
Autor: Marta Gautier

Adquirido: Oferta (obrigada Elsa)
Preço: € 0,00











Alice Hoffman

Titulo: Encantamento
Autor: Alice Hoffman

Adquirido: Oferta (obrigada Elsa)
Preço: € 0,00









Gastei: € 0,00

Autor em destaque - José Cardoso Pires

A ultima rubrica que estava em atraso era a dos Autores em destaque, pelo que embora tenha levado mais tempo, fiz questão de a atualizar.

Desta vez escolhi um autor que mesmo não tendo ficado entusiasmada com o pouco que li da sua obra, não posso deixar de reconhecer a sua importância na História da Literatura Portuguesa. Somando isso ao facto de ser um dos autores lidos e comentados neste blogue, quis saber mais sobre a sua vida pelo que vos deixo o que consegui apurar.



José Cardoso Pires



Nome Completo: José Augusto Neves Cardoso Pires
Data de Nascimento: 2 de Outubro de 1925
Local de Nascimento: Vila de Rei, São João do Peso, Portugal
Data da morte: 26 de Outubro de 1998 (aos 73 anos, vitima de acidente vascular cerebral)
Local da morte: Lisboa, Portugal






Prémios
Ano
Prémio
Livro
1964
Prémio Camilo Castelo Branco, pela Sociedade Portuguesa de Escritores
O Hóspede de Job
1982
Grande Prémio de Romance e Novela, pela Associação Portuguesa de Escritores
Balada da Praia dos Cães
1988
Prémio Especial da Associação dos Críticos do Brasil
Alexandra Alpha
1991
Prémio Internacional União Latina
1992
Astrolábio de Ouro do Prémio Internacional Ultimo Novecento
1994
Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa
1997
Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa
1997
Prémio D. Diniz, da Fundação Casa de Mateus
De Profundis, Valsa Lenta
1997
Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários
De Profundis, Valsa Lenta
1997
Prémio Pessoa
1998
Grande Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores

Livros
Ano
Titulo
Género
Editora
Ultima Edição
1949
Os Caminheiros e Outros Contos
Contos
Centro Bibliográfico
1949
1952
Histórias de Amor
Contos
Edições Nelson de Matos
2008
1958
O Anjo Ancorado
Novela
Biis
2009
1960
Cartilha do Marialva
Ensaio
Círculo de Leitores
2002
1960
O Render dos Heróis
Teatro
Círculo de Leitores
2003
1963
Jogos de Azar
Contos
Biis
2011
1963
Lavagante
Sátira
Edições Nelson de Matos
2008
1963
O Hóspede de Job
Romance
Biis
2011
1968
O Delfim
Romance
Biis
2010
1972
Dinossauro Excelentíssimo
Sátira
Dom Quixote
2007
1977
E agora, José?
Ensaios
Círculo de Leitores
2003
1979
O Burro em Pé
Contos
Biis
2011
1980
Corpo-Delito na Sala de Espelhos
Teatro
Círculo de Leitores
2003
1982
Balada da Praia dos Cães
Romance
Biis
2010
1987
Alexandra Alpha
Romance
Círculo de Leitores
2003
1988
A República dos Corvos
Contos
Público
2004
1991
Cardoso Pires por Cardoso Pires
Contos
Dom Quixote
1991
1994
A Cavalo no Diabo
Crónicas
Círculo de Leitores
2003
1997
De Profundis, Valsa Lenta
Crónicas
Biis
2009
1997
Lisboa, Livro de Bordo
Crónicas
Círculo de Leitores
2003
O Conto dos Chineses
Conto
Dom Quixote
2009
Dispersos
Crónicas
Dom Quixote
2005

Biografia

Nasce em 1925 em Vila de Rei, São João do Peso, no distrito de Castelo Branco, filho de José António Neves, oficial da Marinha, e Maria Sofia Cardoso Pires, dona de casa.

A família muda-se para Lisboa quando José contava ainda poucos meses de idade.

Em 1927 nasce a sua irmã Maria de Lurdes Neves Cardoso Pires e em 1931 o irmão António Nuno Neves Cardoso Pires.

Entre 1935 e 1944 frequentou o Liceu Camões, onde foi aluno de Rómulo de Carvalho e de Delfim Santos.

Inicia a licenciatura em Matemáticas Superiores, na Faculdade de Ciências, mas nunca chegou a terminá-la.

Em 1945 alista-se na Marinha Mercante como praticante de piloto sem curso. Viaja então por toda a costa de África, até ser forçado ao abandono dessa actividade.

Em 1946 opta pelo jornalismo tendo vindo a assumir a direcção das Edições Artísticas Fólio.

Nos princípios dos anos 50, foi detido pela PIDE depois da apreensão do seu livro de contos "Histórias de Amor".

Em 1953 morre o seu irmão António Nuno Neves Cardoso Pires, enquanto cumpria o serviço militar.

Casa com Maria Edite Pereira em 1954, de quem teve 2 filhas, Ana (1956) e Rita (1958).

Em 1959 estagiou na revista Época, em Milão.

Foi colaborador de várias publicações como a revista Almanaque, do jornal Diário de Lisboa, da Gazeta Musical e de Todas as Artes e da revista Afinidades.

Em 1969 vai para Londres como docente de Literatura Portuguesa e Brasileira na Universidade de Londres onde fica até 1971.

A partir de 1974, dedicou-se exclusivamente à escrita literária, reservando as colaborações jornalísticas a algumas séries de crónicas.

Regressa a Londres como «resident writer» a convite da Universidade de Londres, onde permanece entre 1979 e 1980.

A 1 de Outubro de 1985 foi feito Comendador da Ordem da Liberdade e a 4 de Fevereiro de 1989 recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.

Em 1995 sofreu um acidente vascular cerebral que o levou a ficar algum tempo em estado de coma. Recuperado, publica em 1997 a obra "De Profundis, Valsa Lenta", a única narrativa da sua obra que pode ser considerada autobiográfica.

Em 1998 sofreu outro acidente vascular cerebral, que viria a ser a causa da sua morte. Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres em Lisboa.

Curiosidades

Era fumador.

O seu primeiro livro, "Os Caminheiros e Outros Contos" foi retirado de circulação pela censura.

O livro "Hóspede de Job" é dedicado ao seu irmão, António Nuno Neves Cardoso Pires que morreu aos 21 anos.

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